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Sinais de que você está lendo uma história da Rosana Munhoz

  • Foto do escritor: Micaela Crispim
    Micaela Crispim
  • 1 de fev. de 2022
  • 4 min de leitura

Atualizado: 25 de jul. de 2022

Muitos fãs de Turma da Mônica já devem ter ouvido falar da Rosana Munhoz, desenhista e roteirista da MSP nas décadas de 70 a 90. Rosana faleceu com apenas 33 anos de idade, mas deixou um grande legado, sendo lembrada com muito carinho até hoje. O intuito desse post não é traçar uma biografia detalhada sobre essa artista, mas é importante contextualizar quem ela foi para aqueles que a desconhecem.


Para quem quiser saber mais sobre a Rosana, recomendo a leitura de Uma homenagem a Rosana Munhoz, post do Arquivos da Turma da Mônica que utilizei como referência para o texto de hoje. Lá você pode encontrar mais detalhes sobre a vida e a obra dessa artista, assim como na página do fandom da Turma da Mônica. Ah, também tem um ótimo vídeo sobre a Rosana no canal Tudo Sobre a Turma da Mônica que me ajudou muito!


Antes de começar a listar as principais características dos roteiros da Rosana, preciso confessar que até agora esse foi o post mais difícil dessa série! Isso porque a MSP só começou a creditar seus artistas a partir de 2015, quase duas décadas após a morte da Rosana. Curiosamente, foi nesse mesmo ano que duas histórias arquivadas dela foram publicadas pela primeira vez com o seu nome: Cascão Ramsés (o que nunca lavou os pés) e Será que o seu signo não combina com o meu?


Dessa forma, por mais que a Rosana tenha desenhado e roteirizado inúmeras histórias, não há como saber quais foram sem os devidos créditos. Felizmente, com a publicação da Coleção Histórica foi possível descobrir a autoria de alguns trabalhos através dos textos do Paulo Back, como o que acompanha a edição 44 da Magali:

Devido à escassez de histórias creditadas à Rosana, minha análise tornou-se um tanto quanto limitada e posso ter deixado passar muitos elementos comuns nos seus roteiros. Peço desculpas caso tenha cometido algum erro e destaco o aviso de sempre:

Atenção: Primeiramente quero falar que é óbvio que uma história da Rosana não vai ter todos os elementos que eu vou colocar aqui de uma só vez, só alguns! Em segundo lugar, esses elementos não são exclusivos de histórias dela, então eles podem aparecer sim em roteiros de outras pessoas. Ah, se vocês tiverem curiosidade de saber qual historinha tá na imagem é só perguntar nos comentários que eu vou buscar responder!

Agora sim, vamos começar! (Clique nas imagens para ampliá-las).


Magali

A Rosana roteirizava várias histórias da Magali antes mesmo da personagem ter um gibi para chamar de seu. A comilona foi ganhando cada vez mais espaço na revista da Mônica, até que ganhou seu próprio título em 1989 pela editora Globo. Muitos dos roteiros de abertura do gibi da Magali foram escritos pela Rosana, que criou personagens exclusivos para ela, como o Mingau (baseado no seu próprio gatinho) e Denise. Desconfio que o Dudu também tenha sido criação sua, mas não encontrei nenhuma confirmação. Aliás, o núcleo da Magali me lembra um vídeo que eu amo do Ora Thiago em que ele também fala sobre a Rosana. Mais uma indicação pra vocês!


Elementos fantásticos

Bruxas e fadas não eram raridade nos roteiros da Rosana, principalmente nas aventuras da sua queridinha, a Magali. Rosana costumava se inspirar em fábulas (como na 4ª história da galeria abaixo - Levando no bico) e contos infantis (Magalice no país das melancias). Foram tantas histórias de fantasia que a MSP já lançou vários almanaques temáticos com aventuras com bruxas, vampiros e, é claro, fábulas.


Participações de amigos e parentes

Na Coleção Histórica nº 46 da Magali, Paulo Back comenta que era comum que a Rosana inserisse familiares e amigos em seus roteiros. É o caso da sua sobrinha Bianca, que já apareceu nas histórias De gato e sapato, Priminha dedo-duro e Farra na rua, entre outras. As homenagens a pessoas queridas eram tantas que Rosana chegou a brincar com isso na historinha A pedidos..., em que vários amigos dela aparecem no Bairro do Limoeiro, sempre com um visual chamativo e falando seus nomes. Assim, se você estiver lendo uma história dos anos 80 ou 90 com um personagem descartável marcante, pode ser obra da Rosana.


Cenários caprichados

As ilustrações de Rosana eram muito bem trabalhadas: reparem nos cenários ricos em detalhes com moitas, árvores e pedrinhas. Os elementos "dispensáveis" que ela adicionava às cenas, como animais surpresos e objetos de decoração deixavam as artes muito mais caprichadas. É só comparar com muitas histórias atuais em que desenha-se apenas o que é estritamente necessário, resultando em um cenário vazio e sem graça. Notem também a atenção à posição de cada objeto na mudança de um quadrinho para o outro.


Planos

Segundo os comentários do Paulo Back na Coleção Histórica nº 40 da Magali, a Rosana gostava de nomear os planos infalíveis do Cebolinha, como nas histórias O plano sangrento e Plano comestível.


Mindinho levantado

Mais uma dica dada pelo Paulo Back, dessa vez na Coleção Histórica nº 43 do Chico: os dedos mindinhos levantados são característicos dos desenhos da Rosana.


Denise

Como já comentei no início da lista, a Denise foi criada pela Rosana. A personagem ainda não tinha um visual definido, mas aparecia com frequência nas histórias da sua criadora.


Jeremias

Quando o roteiro precisava de um terceiro menino além do Cebolinha e Cascão, a Rosana gostava de empregar o Jeremias.


Ora!


Oh!


1, 2, 3, 4, 5... Ufa! Estão todos aqui!


Fica aqui a minha singela homenagem à Rosana, que marcou gerações de leitores com suas histórias doces, mágicas, criativas e muito divertidas. Espero que tenham gostado do post e que as dicas ajudem a identificar os possíveis roteiros e desenhos dessa artista incrível!

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